A Paraíba do Sul de Garcia Paes e Tiradentes

Localizado no Centro-Sul Fluminense e a 130 km do Rio de Janeiro, Paraíba do Sul tem uma área de 580 km² e uma população, dividida em quatro distritos: Sede, Vila Salutaris (2º distrito), Inconfidência (3º distrito, mais conhecido como Vila de Sebollas) e Werneck (4º distrito).
O município respira história, afinal foi aqui que passou os desbravadores que procuram um Caminho Novo para se chegar as Minas Gerais. E aqui também Tiradentes expôs os seus ideias de independência de Portugal. Mas como surgiu Paraíba do Sul?
A história de Paraíba do Sul tem início em 1681, com Garcia Rodrigues Pais, filho de Fernão Dias Pais Leme. O desbravador descobriu um remanso no rio que dá nome à cidade. Era o tempo da corrida do ouro.
Foi aqui, onde fica a Praça Garcia, que Garcia Rodrigues Pais acampou pela primeira vez ao chegar às terras que atualmente compõem o município. Bastante arborizada, fica bem próxima à Matriz de São Pedro e São Paulo e à Ponte da Parahyba
A Ponte da Parahyba foi projetada pelo José Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, em 1854 e foi construída em várias etapas e inaugurada em 1857. Conta com cinco pilares sobre o leito do Rio Paraíba do Sul e um elaborado sistema de vigamento metálico treliçado.
O então imperador Pedro II de Portugal deu a Garcia a incumbência de além de descobrir ouro e pedras preciosas, também abrir um caminho rápido entre as minas e o porto da cidade do Rio de Janeiro. O ano era 1683. No remanso, foi aberta uma fazenda, chamada de Parahyba, que deu origem ao município, onde foram construídas uma capela, em memória de Nossa Senhora da Conceição e aos apóstolos São Pedro e São Paulo.
Garcia abriu o chamado Caminho Novo, que ligava Minas Gerais até a cidade do Rio de Janeiro, passando por aquelas terras. O Caminho Novo juntou-se ao já existente entre Minas e São Paulo em 1704. Com a descoberta e exploração do ouro, a fazenda tornou-se um importante ponto de parada aos que transportavam o metal precioso.
Por conta dos serviços prestados à Coroa Portuguesa, Garcia tinha a maior fortuna do Brasil Colônia. A Fazenda Parahyba prosperou, virando local de abastecimento para os índios puris, escravos da comitiva de Garcia, que faleceu em 1738. Os descendentes arrendaram as terras, que foram elevadas à categoria de vila em 1833, já com o nome de Paraíba do Sul, e em 1868, ganhou foros de cidade.
Em 1868 a recém-criada cidade ganha um belo jardim.
Mais conhecido como Jardim Velho, A Praça Marquês de São João Marcos é um lugar bastante frequentado pelos sul-paraibanos. Bem no centro da cidade, o local contém 60 palmeiras imperiais em forma de cruz, que foram plantadas em 1868.
Erguido sob forte influência do romantismo inglês, a praça dá uma sensação de integração do homem com a natureza com seus canteiros, espelhos d’água, repuxos, fontes e aconchegante bosque. O coreto da praça – que já teve vários nomes como Largo das Palmeiras e Jardim Municipal – foi construído por Francisco Ferreira Ribeiro, o “Chico do Sossego”,no início do século XX, com base de pedra sextavada e cobertura metálica com lambrequim sustentada por seis pilares que apóiam o gradil de ferro, trabalho detalhado do ferreiro Augusto Batista Ferreira. Era o local de antigas retretas, onde havia apresentações de bandas musicais da cidade.
Mas que tal um passado pelos trilhos de Paraíba do Sul? Embarquem todos e vamos conhecer a história ferroviária da cidade.
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Fonte: http://www.rdvetc.com/2012/cinco-vezes-rdv-a-paraiba-do-sul-de-garcia-paes-e-tiradentes/

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